Nos últimos anos, a energia solar tem se tornado uma pauta em destaque quando o assunto é sustentabilidade no campo, por ser considerada uma solução inovadora que pode transformar a produtividade das fazendas. Inclusive, ela é, atualmente, a segunda maior fonte de geração de energia do Brasil.

É inegável que a eficiência e a produtividade são fatores essenciais para garantir o sucesso de uma fazenda, e a adoção de energia solar pode ser uma alternativa ao gerar inúmeros benefícios econômicos e operacionais.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, o país bateu o recorde de expansão da energia solar em 2023, com acréscimo de 3 Gigawatts à matriz energética brasileira. Esse dado foi visto com bons olhos pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que afirma que o “Brasil tem mais de 80% da matriz energética limpa e renovável”, podendo se transformar em exemplo internacional de transição energética.

O Agronegócio já representa 8,8% do número de sistemas de geração distribuída fotovoltaica e 14,61% da capacidade instalada do país, sendo a terceira categoria que mais utiliza energia solar, atrás apenas de domicílios e comércios.

A tendência tem crescido cada vez mais nos últimos anos, devido a fatores que contribuíram para a ampliação do mercado. São eles o aumento das tarifas para produtores rurais, em contrapartida às novas linhas de crédito e subsídio que facilitam a aquisição e instalação de fazendas solares, e a facilidade de financiamento.

Além disso, a energia solar oferece uma economia expressiva para os produtores rurais, principalmente aqueles que dependem de uma grande demanda de energia para atividades como irrigação, refrigeração, secadores de grãos, monitoramento e comunicação, processamento de matérias-primas, e até mesmo o uso de veículos agrícolas elétricos.

Unido ao ponto acima, tem-se como benefício a independência energética proporcionada pela energia solar fotovoltaica. Isso porque, devido a localização de inúmeras áreas rurais, é possível que a infraestrutura elétrica da região possa ser instável e sujeita a interrupções frequentes. Com o uso de painéis solares, as propriedades garantem um fornecimento constante de energia, reduzindo prejuízos e atestando a eficiência das atividades contínuas e essenciais.

Outro ponto é a sustentabilidade ambiental gerada pela implantação de energia solar fotovoltaica no campo. Os consumidores estão cada vez mais conscientes e preocupados acerca do impacto ambiental dos produtos que consomem, e a agricultura sustentável é um ponto que vem ganhando espaço.

A partir da utilização de energia solar, os fazendeiros podem reduzir as emissões de carbono e dependência de combustíveis fósseis das propriedades, preservando o meio-ambiente e impulsionando a reputação da fazenda perante os consumidores.

No que diz respeito à regulamentação da energia solar, a Regulamentação Normativa 1.059/2023, da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) dispõe de duas formas para a utilização de sistemas fotovoltaicos: on-grid e off-grid. No primeiro, o consumidor produz a própria energia, enviando como crédito a energia excedente para rede da concessionária local, o sistema off-grid permite que o produtor armazene esse excesso em baterias que integram a fazenda solar.

É certo que, à medida que a tecnologia continua a avançar e os incentivos governamentais para produtores rurais se expandem, a adoção da energia solar nas fazendas se torna uma estratégia cada vez mais viável e benéfica para o futuro da agricultura.

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Fontes: Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar); Ministério de Minas e Energia (MME); Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL); Canal Rural.